PCMG conclui inquérito que apurou morte de idoso em Montes Claros

PCMG conclui inquérito que apurou morte de idoso em Montes Claros












Divulgação/PCMG

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu e encaminhou à Justiça o procedimento instaurado para apurar a morte de um idoso, de 74 anos, ocorrida no dia 17 de abril deste ano, em Montes Claros, na região Norte do estado. A investigação resultou na prisão em flagrante de uma mulher, de 28 anos, que confessou ter matado a vítima, alegando legítima defesa após uma tentativa de abuso sexual. Contudo, com a finalização do procedimento, a suspeita foi indiciada por roubo seguido de morte (latrocínio).

Dinâmica do crime

No dia dos fatos, os vizinhos da vítima acionaram a polícia depois de ouvir pedidos de socorro vindos da casa do idoso. Ele foi encontrado caído no chão da garagem de sua casa com várias escoriações nos joelhos e nos cotovelos e uma blusa amarrada na boca. Enquanto o caso era registrado, os policiais receberam denúncia sobre uma suspeita do crime e a mulher foi presa em flagrante. Depois, porém, ela foi beneficiada com a liberdade provisória durante audiência de custódia.

Sobre os fatos, a mulher contou informalmente que entrou em luta corporal com a vítima e isso resultou na morte dele e em algumas lesões nela. O motivo seria a tentativa do idoso de manter relações sexuais de forma forçada com ela.

Investigação

A apuração do crime, conduzida pela equipe de investigação de homicídios, apontou que os envolvidos se conheciam, pois esporadicamente a investigada realizava serviços de faxina na casa do idoso. Ela também tinha o costume de levar os dois filhos menores para visitar a vítima, que gostava de brincar com eles. Nesses momentos, a mulher aproveitava para furtar dinheiro do homem.

A investigação indicou ainda que a vítima tinha a saúde debilitada, era fumante e apresentava dificuldades para se levantar e andar, enquanto a mulher, por outro lado, era alta e forte, o que demonstra a disparidade de força entre eles. Os policiais civis também apuraram que, no dia que antecedeu a morte do idoso, ele teria recebido um benefício do governo. Testemunhas disseram ter visto a vítima com o dinheiro, que não foi encontrado.

O delegado Bruno Rezende da Silveira, responsável pela investigação, disse que, na verdade, a investigada, após incapacitar efetivamente a vítima, fez vistoria no imóvel à procura de dinheiro, como já tinha feito anteriormente quando levava seus filhos no local, tendo fugido com os valores. Assim, o idoso foi imobilizado e enforcado para que não pudesse oferecer resistência ao roubo.

"O evento ocorreu na garagem, onde a vítima, já subjugada e indefesa, ajoelhada, foi imobilizada e asfixiada, teve seus bolsos revirados, bem como os objetos do interior da residência. A blusa amarrada na boca dele teve a finalidade de abafar os pedidos de socorro que alertaram os vizinhos", explica o delegado.

Segundo observa o delegado, a versão apresentada pela investigada no dia em que foi presa indicava inconsistência. "Ela não teria pedido socorro após suposta tentativa de estupro e teria sido vista na residência vasculhando o local e depois saindo tranquilamente. Portanto, depoimentos de testemunhas e elementos técnicos coletados no inquérito policial indicaram divergência na versão apresentada pela suspeita quando de sua prisão, havendo vestígios bastante contundentes da prática delituosa", pontua Bruno.

O inquérito policial foi remetido ao Poder Judiciário com manifestação pela prisão preventiva da suspeita, que foi indiciada pelo crime de roubo seguido de morte.

Fonte: Polícia Civil de MG