Presidente do INSS quer colocar biometria em ônibus como prova de vida

Presidente do INSS quer colocar biometria em ônibus como prova de vida
Reprodução TV ANASPS Alessandro Stefanutto, novo presidente do INSS












Alessandro Stefanutto, novo presidente do INSS
Reprodução TV ANASPS
Alessandro Stefanutto, novo presidente do INSS

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto , afirmou nesta quarta-feira (19) que o órgão deve instituir a biometria nos ônibus como forma de prova de vida. A ideia é reduzir o tempo em que os aposentados passam tentando realizar o procedimento.

A prova de vida integrada com o sistema de transporte passará por um teste no Distrito Federal.

"Nós estamos articulando com a Secretaria de Transporte do DF, que um segurado nosso, ao passar em uma catraca onde é identificado biometricamente, faça a prova de vida. Isso evita gastos de tempo a população", disse Stefanutto.

A Prova de Vida é um procedimento anual para comprovar que a pessoa que recebe algum benefício de longa duração do INSS está viva.

A partir de 2023, o INSS passa a ser responsável por comprovar se a pessoa está viva ou não. Resumidamente, isso será feito utilizando um sistema de comparação de informações em diferentes bancos de dados.

Desde o início deste ano, o INSS já usa dados como vacinação, votação nas eleições e até acessos ao aplicativo Meu INSS como comprovação da vida.

A ideia dos técnicos do INSS é anular a obrigação desse procedimento e automatizar essa comprovação:

"Nós invertemos o ônus da prova de vida. Nós vamos adotar a prova de vida ativa, onde o segurado não vai precisar ir à rede bancária e outros lugares. Isso passa por tecnologia e compartilhamento de dados", disse o presidente do INSS.

Que dados o INSS usa para realizar a prova de vida?

São considerados válidos como comprovação de vida realizada os atos, meios, informações ou base de dados elencados no artigo 2º da Portaria PRES/INSS nº 1.408, de 2 de fevereiro de 2022, realizados ou atualizados nos 10 meses seguintes ao mês de aniversário da pessoa.

Os dados são os seguintes:

I - acesso ao aplicativo Meu INSS com o selo ouro ou outros aplicativos e sistemas dos órgãos e entidades públicas que possuam certificação e controle de acesso, no Brasil ou no exterior;

II - realização de empréstimo consignado, efetuado por reconhecimento biométrico;

III - atendimento:

a) presencial nas Agências do INSS ou por reconhecimento biométrico nas entidades ou instituições parceiras;

b) de perícia médica, por telemedicina ou presencial; e

c) no sistema público de saúde ou na rede conveniada;

IV - vacinação;

V - cadastro ou recadastramento nos órgãos de trânsito ou segurança pública;

VI - atualizações no CADÚNICO, somente quando for efetuada pelo responsável pelo Grupo;

VII - votação nas eleições;

VIII - emissão/renovação de:

a) Passaporte;

b) Carteira de Motorista;

c) Carteira de Trabalho;

d) Alistamento Militar;

e) Carteira de Identidade; ou

f) outros documentos oficiais que necessitem da presença física do usuário ou reconhecimento biométrico;

IX - recebimento do pagamento de benefício com reconhecimento biométrico; e

X - declaração de Imposto de Renda, como titular ou dependente.

Como o INSS fará a prova de vida com comparação de dados?

O INSS receberá esses dados de órgãos parceiros e vai comparar com os dados que já tem cadastrados em sua base.

Veja um exemplo:

Uma pessoa toma uma vacina contra a gripe num posto de saúde da rede pública. Ao receber essa informação, o INSS tem o indicativo de vida do beneficiário e tal indicativo servirá para compor um "pacote de informações" sobre a pessoa. Esse "pacote de informações" reunirá diversas ações da pessoa, registradas ao longo do ano, nos diferentes bancos de dados dos parceiros. Quando o total de ações ao longo do ano registradas nas bases de dados parceiras for suficiente, o sistema considerará a Prova de Vida realizada, garantindo a manutenção do benefício até o próximo ciclo.

Fonte: Economia