Desemprego Cai para 6,4% no Trimestre de Julho a Setembro, Indica IBGE

Taxa é a Segunda Menor desde 2012, e População Ocupada Atinge Recorde de 103 Milhões de Pessoas

Desemprego Cai para 6,4% no Trimestre de Julho a Setembro, Indica IBGE
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Desemprego Cai para 6,4% no Trimestre de Julho a Setembro, Indica IBGE


Taxa é a Segunda Menor desde 2012, e População Ocupada Atinge Recorde de 103 Milhões de Pessoas

A taxa de desocupação no Brasil recuou para 6,4% no trimestre de julho a setembro de 2024, a segunda menor desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012, atrás apenas do índice de dezembro de 2013 (6,3%). Esse resultado representa uma queda de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (abril a junho de 2024, quando foi de 6,9%) e de 1,3 ponto percentual na comparação anual, já que no mesmo período de 2023 a taxa era de 7,7%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (31).

O contingente de pessoas desocupadas, ou seja, aquelas que procuravam emprego e não estavam ocupadas, caiu para 7 milhões, o menor registrado desde janeiro de 2015. Houve uma redução de 7,2% no trimestre, o que representa 541 mil pessoas a menos buscando trabalho, e de 15,8% em relação ao mesmo período de 2023, ou 1,3 milhão de pessoas a menos.

Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, explica que essa tendência de queda no desemprego reflete o crescimento no número de trabalhadores demandados em diferentes setores econômicos. Com isso, o número total de pessoas ocupadas no país alcançou o recorde de 103 milhões. A população ocupada cresceu 1,2% no trimestre (1,2 milhão a mais) e 3,2% no ano (acréscimo de 3,2 milhões).

Setores que mais Empregam: Indústria e Comércio

O aumento de ocupação foi impulsionado principalmente pelos setores da Indústria, que registrou um crescimento de 3,2% no trimestre, e do Comércio, com alta de 1,5%. Juntos, esses setores adicionaram 709 mil trabalhadores ao mercado (416 mil na Indústria e 291 mil no Comércio). No comércio, o número total de ocupados chegou a 19,6 milhões, novo recorde. Segundo Adriana Beringuy, a Indústria aumentou as contratações com carteira assinada, enquanto no Comércio o crescimento se deu tanto com carteira quanto sem carteira de trabalho.

Na comparação anual, os setores de Indústria, Construção, Comércio, Transporte, Informação e Comunicação, Administração e Outros Serviços registraram aumento no número de ocupados. O setor de Alojamento e Alimentação, bem como Serviços Domésticos, mantiveram-se estáveis, enquanto a Agropecuária foi o único setor com retração (-4,7%).

Recordes no Setor Privado e Público

No setor privado, o número de empregados chegou a 53,3 milhões, também um recorde, com aumento de 2,2% no trimestre e 5,3% no ano. Dentro desse grupo, os trabalhadores com carteira assinada somaram 39 milhões, enquanto aqueles sem carteira atingiram 14,3 milhões. O IBGE destaca um aumento de 1,5% no número de empregados com carteira no trimestre e de 4,3% no ano. Os sem carteira cresceram 3,9% no trimestre e 8,1% na comparação anual.

No setor público, o número de empregados atingiu 12,8 milhões, registrando estabilidade no trimestre e crescimento de 4,6% no ano, impulsionado pelo aumento de servidores sem carteira assinada, que cresceram 4,2% no trimestre e 9,1% no ano.

Rendimento e Massa de Rendimentos

No trimestre encerrado em agosto, o rendimento médio real dos trabalhadores ficou em R$ 3.227, sem variação significativa em relação ao trimestre anterior, mas com alta de 3,7% na comparação anual. A massa de rendimentos, que soma as remunerações de todos os trabalhadores, chegou a R$ 327,7 bilhões, estável no trimestre e com crescimento de 7,2% em relação ao ano anterior.

Sobre a Pesquisa PNAD Contínua

A PNAD Contínua, realizada pelo IBGE, é a principal pesquisa sobre a força de trabalho no Brasil, abrangendo uma amostra de 211 mil domicílios em 3.500 municípios a cada trimestre. Desde março de 2020, a coleta foi realizada por telefone devido à pandemia de COVID-19, retornando ao formato presencial em julho de 2021.

Fonte: Agência Brasil