'Dia do Hospital': paciente é operado por meio do SUS para retirar câncer que comprometeu 80% da visão

Cirurgia gratuita, que custaria mais de R$ 100 mil, durou cerca de 10 horas e foi feita no dia 27 de junho, com uma tecnologia avançada no Hospital de Base (HB) em São José do Rio Preto (SP). Valdecir Rosendo dos Santos foi operado de câncer em Rio Preto (SP) Rita Fernandes/Hospital de Base/Divulgação Foi por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) que um paciente de Valentim Gentil (SP) conseguiu fazer a cirurgia para retirada total de um câncer na glândula hipófise que o deixou com 80% da visão comprometida em um dos olhos. ???? Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp A cirurgia, que custaria mais de R$ 100 mil, durou cerca de 10 horas e foi feita de forma gratuita no dia 27 de junho, com uma tecnologia avançada, no Hospital de Base (HB) em São José do Rio Preto (SP), reconhecido como um dos hospitais mais bem equipados do país neste ano (entenda abaixo). Valdecir Rosendo dos Santos operou do câncer na glândula em Rio Preto (SP) Rita Fernandes/Hospital de Base/Divulgação No "Dia do Hospital", celebrado nesta terça-feira (2), o g1 conta a história de Valdecir Rosendo dos Santos, que se surpreendeu quando, de repente, percebeu que não conseguia enxergar pelo olho esquerdo. À reportagem, o operador de máquinas contou que passou por consulta com o oftalmologista, mas sem sucesso no diagnóstico. No atendimento, foi recomendado que Valdecir fizesse exames de ressonância magnética com neurologista. Segundo ele, o resultado do exame constatou o tumor benigno na glândula, que já comprometia o nervo óptico e, consequentemente, a visão. Há um mês, Valdecir foi internado no HB para acompanhamento e avaliação. Procedimento cirúrgico feito no HB em Rio Preto (SP) Hospital de Base/Divulgação No dia 27, o paciente foi submetido ao procedimento cirúrgico para a remoção com um dos microscópicos neurocirúrgicos mais avançados do mundo: o Kinevo 900 da Zeiss (entenda abaixo). Conforme Valdecir, a remoção bem-sucedida não apenas restaurou a visão do paciente, mas também melhorou a qualidade de vida. Isso porque, assim que receber alta hospitalar, poderá retomar as atividades no trabalho com segurança. “Não tinha sintomas, então descobri de repente. Eu fiquei sem chão quando ele falou que era um tumor. Se não fosse pelo SUS não daria para eu fazer a cirurgia. Eu perdi 100% a visão e agora me sinto 100% bem, sem dor”, celebra o paciente. Depois da cirurgia, o operador ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por dois dias, antes de ir para o quarto da enfermaria. O paciente está andando, conversando e a previsão é que receba alta médica na terça-feira (2). Como foi a cirurgia? Ricardo Lourenço Caramanti, cirurgião do Hospital de Base de Rio Preto (SP) Rita Fernandes/Hospital de Base/Divulgação Liderada pelo neurocirurgião de base de crânio, Ricardo Lourenço Caramanti, de 38 anos, a cirurgia foi feita com sistema de visualização robótica proporcionado pelo microscópico Kinevo 900. O sistema permitiu ao cirurgião uma imagem microcirúrgica ainda mais precisa das estruturas na cabeça. O Kinevo 900 possui integração com neuronavegador, um sistema de GPS que orienta o neurocirurgião no posicionamento do instrumento cirúrgico de acordo com as imagens de ressonância magnética e tomografia. Microscópio neurocirúrgico de última geração utilizado na cirurgia da paciente no Hospital de Base de Rio Preto (SP) Hospital de Base de Rio Preto/Divulgação Ao g1, Ricardo revelou que “afastou” o cérebro de Valdecir para encontrar o nervo óptico e a artéria carótida, uma das mais nobres que irriga o cérebro. De acordo com ele, o tumor foi totalmente removido com a preservação da glândula. “Isso não seria possível de maneira adequada sem um microscópio de alta qualidade igual o nosso e sem o neuronavegador. No procedimento, você tem que fazer a manipulação dos nervos e das artérias. É muito importante ter esses recursos para que o paciente saia sem sequelas”, revela o médico. Paciente fez a cirurgia para remoção do tumor no Hospital de Base (HB) em Rio Preto (SP) Hospital de Base/Divulgação Segundo Ricardo, não será necessário o uso de óculos e a recuperação é considerada rápida. Se caso não fizesse a cirurgia, o médico ressalta que Valdecir ficaria com a visão do olho esquerdo permanentemente comprometida, bem como poderia afetar o outro olho. “Ele estava tendo uma perda progressiva e uma piora importante. Tinha um tumor que comprimia o nervo do olho. Se ele não fizesse a cirurgia, esse tumor deixaria ele sem visão, porque ele vai crescendo. Poderia até ter comprometimento no outro lado também”, revela o médico. Melhor hospital-escola do país Hospital de Base de Rio Preto (SP) Divulagação O HB de Rio Preto é o maior hospital-escola do país em atendimento de pacientes pelo SUS, ligado à Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp). Segundo a unidade, 85% dos pacientes são atendidos pelo SUS. O hospital é referência em média e alta complexidade para o atendimento de mais de 1,7 milhão de habitantes dos 102

'Dia do Hospital': paciente é operado por meio do SUS para retirar câncer que comprometeu 80% da visão





Cirurgia gratuita, que custaria mais de R$ 100 mil, durou cerca de 10 horas e foi feita no dia 27 de junho, com uma tecnologia avançada no Hospital de Base (HB) em São José do Rio Preto (SP). Valdecir Rosendo dos Santos foi operado de câncer em Rio Preto (SP) Rita Fernandes/Hospital de Base/Divulgação Foi por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) que um paciente de Valentim Gentil (SP) conseguiu fazer a cirurgia para retirada total de um câncer na glândula hipófise que o deixou com 80% da visão comprometida em um dos olhos. ???? Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp A cirurgia, que custaria mais de R$ 100 mil, durou cerca de 10 horas e foi feita de forma gratuita no dia 27 de junho, com uma tecnologia avançada, no Hospital de Base (HB) em São José do Rio Preto (SP), reconhecido como um dos hospitais mais bem equipados do país neste ano (entenda abaixo). Valdecir Rosendo dos Santos operou do câncer na glândula em Rio Preto (SP) Rita Fernandes/Hospital de Base/Divulgação No "Dia do Hospital", celebrado nesta terça-feira (2), o g1 conta a história de Valdecir Rosendo dos Santos, que se surpreendeu quando, de repente, percebeu que não conseguia enxergar pelo olho esquerdo. À reportagem, o operador de máquinas contou que passou por consulta com o oftalmologista, mas sem sucesso no diagnóstico. No atendimento, foi recomendado que Valdecir fizesse exames de ressonância magnética com neurologista. Segundo ele, o resultado do exame constatou o tumor benigno na glândula, que já comprometia o nervo óptico e, consequentemente, a visão. Há um mês, Valdecir foi internado no HB para acompanhamento e avaliação. Procedimento cirúrgico feito no HB em Rio Preto (SP) Hospital de Base/Divulgação No dia 27, o paciente foi submetido ao procedimento cirúrgico para a remoção com um dos microscópicos neurocirúrgicos mais avançados do mundo: o Kinevo 900 da Zeiss (entenda abaixo). Conforme Valdecir, a remoção bem-sucedida não apenas restaurou a visão do paciente, mas também melhorou a qualidade de vida. Isso porque, assim que receber alta hospitalar, poderá retomar as atividades no trabalho com segurança. “Não tinha sintomas, então descobri de repente. Eu fiquei sem chão quando ele falou que era um tumor. Se não fosse pelo SUS não daria para eu fazer a cirurgia. Eu perdi 100% a visão e agora me sinto 100% bem, sem dor”, celebra o paciente. Depois da cirurgia, o operador ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por dois dias, antes de ir para o quarto da enfermaria. O paciente está andando, conversando e a previsão é que receba alta médica na terça-feira (2). Como foi a cirurgia? Ricardo Lourenço Caramanti, cirurgião do Hospital de Base de Rio Preto (SP) Rita Fernandes/Hospital de Base/Divulgação Liderada pelo neurocirurgião de base de crânio, Ricardo Lourenço Caramanti, de 38 anos, a cirurgia foi feita com sistema de visualização robótica proporcionado pelo microscópico Kinevo 900. O sistema permitiu ao cirurgião uma imagem microcirúrgica ainda mais precisa das estruturas na cabeça. O Kinevo 900 possui integração com neuronavegador, um sistema de GPS que orienta o neurocirurgião no posicionamento do instrumento cirúrgico de acordo com as imagens de ressonância magnética e tomografia. Microscópio neurocirúrgico de última geração utilizado na cirurgia da paciente no Hospital de Base de Rio Preto (SP) Hospital de Base de Rio Preto/Divulgação Ao g1, Ricardo revelou que “afastou” o cérebro de Valdecir para encontrar o nervo óptico e a artéria carótida, uma das mais nobres que irriga o cérebro. De acordo com ele, o tumor foi totalmente removido com a preservação da glândula. “Isso não seria possível de maneira adequada sem um microscópio de alta qualidade igual o nosso e sem o neuronavegador. No procedimento, você tem que fazer a manipulação dos nervos e das artérias. É muito importante ter esses recursos para que o paciente saia sem sequelas”, revela o médico. Paciente fez a cirurgia para remoção do tumor no Hospital de Base (HB) em Rio Preto (SP) Hospital de Base/Divulgação Segundo Ricardo, não será necessário o uso de óculos e a recuperação é considerada rápida. Se caso não fizesse a cirurgia, o médico ressalta que Valdecir ficaria com a visão do olho esquerdo permanentemente comprometida, bem como poderia afetar o outro olho. “Ele estava tendo uma perda progressiva e uma piora importante. Tinha um tumor que comprimia o nervo do olho. Se ele não fizesse a cirurgia, esse tumor deixaria ele sem visão, porque ele vai crescendo. Poderia até ter comprometimento no outro lado também”, revela o médico. Melhor hospital-escola do país Hospital de Base de Rio Preto (SP) Divulagação O HB de Rio Preto é o maior hospital-escola do país em atendimento de pacientes pelo SUS, ligado à Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp). Segundo a unidade, 85% dos pacientes são atendidos pelo SUS. O hospital é referência em média e alta complexidade para o atendimento de mais de 1,7 milhão de habitantes dos 102 municípios pertencentes ao Departamento Regional de Saúde de Rio Preto (DRS 15). Em 2023, o HB realizou mais de 91 mil atendimentos, em 55 diferentes especialidades. A instituição conta com mais de nove mil colaboradores. O HB possui 829 leitos, dos quais 677 de enfermaria e 152 de UTI. O hospital também se destaca no HospiRank 2024, o ranking de instituições de saúde mais bem equipadas do país, divulgado pela Global Health Intelligence (GHI), empresa líder mundial em análises de dados do mercado de saúde da América Latina. O ranking considera mais de 140 dados específicos por hospital, abrangendo quase 90% dos hospitais do noroeste de SP. Somente no Brasil, são 6.518 hospitais. O HB figura entre as 10 maiores instituições de saúde do Brasil em cinco das oito listas do ranking: Hospitais mais bem equipados para receber pacientes: o HB é o 3º deste ranking; Maiores hospitais com infraestrutura para acomodar um alto volume de procedimentos: HB é o 6º neste ranking, com 38 salas cirúrgicas; Hospitais mais bem equipados para acomodar recém-nascidos: o HB ocupa o 7º lugar no ranking, com 80 incubadoras e 30 berços de calor radiante; Hospitais mais bem equipados para realizar diagnósticos primários: o HB é o 9º hospital do Brasil, com 16 aparelhos de ultrassom, 16 aparelhos de raios X, 10 colposcópios, 25 ecocardiógrafos e 60 eletrocardiógrafos; Hospitais mais bem equipados para atender pacientes de alto risco: com 933 bombas de infusão, 317 ventiladores e 654 monitores de pacientes, o HB está em 7º lugar nesta categoria. Segundo a Global Health Intelligence, o ranking baseia-se em informações atualizadas continuamente no HospiScope, o maior banco de dados do mundo sobre hospitais latino-americanos, criado em 2014. Veja mais notícias da região em g1 Rio Preto e Araçatuba. VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM