Eclipse solar total: estudantes e cientistas amadores coletarão dados para a NASA

As informações sobre o eclipse ajudarão os pesquisadores da NASA que estão investigando como o Sol influencia o clima em diferentes ambientes O post Eclipse solar total: estudantes e cientistas amadores coletarão dados para a NASA apareceu primeiro em Olhar Digital.

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Falta menos de uma semana para milhões de pessoas poderem observar um Eclipse Solar Total. Ele poderá ser avistado em quase toda a América do Norte e milhares de estudantes e cientistas amadores coletarão dados do fenômeno em uma iniciativa liderada pela NASA.

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Eclipse Solar Total de 2017, fotografado em Madras, Oregon (Crédito: NASA/Aubrey Gemignani)
Eclipse Solar Total de 2017, fotografado em Madras, Oregon (Imagem: NASA/Aubrey Gemignani)

Programa GLOBE

Os integrantes do programa GLOBE, abreviação de Global Learning and Observations to Benefit the Environment (Aprendizado Global e Observações para Beneficiar o Meio Ambiente) medirão a temperatura do ar e tirarão fotos das nuvens. Serão coletados dados sobre plantas, solo, água, atmosfera e até mosquitos.

Para isso, os colaboradores precisarão apenas de um termômetro e um smartphone com o aplicativo GLOBE Observer baixado. Eles podem acessar a ferramenta eclipse no aplicativo. Os dados coletados serão enviados para a NASA e ajudarão os pesquisadores que estão investigando como o Sol influencia o clima em diferentes ambientes.

A iniciativa já foi realizada durante o eclipse de 2017. Na oportunidade, foi examinada a relação entre as nuvens e a temperatura do ar. Os pesquisadores descobriram que as oscilações de temperatura durante o eclipse foram maiores em áreas com menos cobertura de nuvens, enquanto as flutuações de temperatura em regiões mais nubladas foram mais silenciosas.

Segundo a própria NASA, a descoberta de 2017 talvez fosse impossível sem a ajuda de numerosos observadores amadores e estudantes espalhados pela América do Norte. Isso porque o número de estações meteorológicas é limitado, enquanto os satélites não podem fornecer o mesmo nível de detalhes que as pessoas em solo.

Este próximo eclipse está passando por regiões desérticas, regiões montanhosas, bem como regiões mais úmidas perto dos oceanos. Adquirir observações nessas áreas nos ajudará a aprofundar as questões sobre as conexões regionais entre a cobertura de nuvens e as temperaturas ao nível do solo.

Marilé Colón Robles, meteorologista da NASA e cientista do projeto GLOBE
Programa da NASA irá colher dados para ajudar a entender como o Sol influencia o clima em diferentes ambientes (Imagem: L Galbraith/Shutterstock)

O próximo eclipse

  • No dia 8 de abril deste ano a Lua cobrirá o Sol num Eclipse Solar Total que poderá ser visto de várias regiões da América do Norte, possibilitando que milhões de pessoas observem o fenômeno, que resulta numa cobertura quase perfeita da estrela. Infelizmente, o evento não será visto do Brasil.
  • O fenômeno é o mesmo que foi registrado em 2017, mas há algumas diferenças.
  • No último evento do tipo, a Lua estava um pouco mais distante da Terra, assim a faixa onde o fenômeno pode ser observado em sua totalidade variava de 100 a 115 quilômetros de largura.
  • No que acontece em abril, essa faixa irá variar de 170 a 200 quilômetros.
  • O Eclipse Solar Total deste ano poderá ser visto por cidades e áreas mais densamente povoadas, permitindo que 31,6 milhões de pessoas assistam o fenômeno, em comparação com as 12 milhões de 2017.
  • No eclipse de 2017, o período mais longo de sua totalidade aconteceu próximo a Carbondale, Illinois e durou de 2 minutos e 42 segundos.
  • Em 2024, ele será mais longo próximo a Torreón, no México, durando cerca de 4 minutos e 26 segundos.
  • Durações superiores a 4 minutos, no entanto, também acontecerão até próximo da fronteira do Canadá, quando o eclipse durará 3 minutos e 21 segundos.
  • Outra diferença é que o ano de 2024 é mais próximo do máximo solar, onde a atividade da estrela é maior.
  • Assim, quando a Lua cobrir o Sol, é bem provável que serpentes de fogo na coroa estelar, diferente da aparência mais simples de 2017.

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