Relembre 13 fatos que marcaram a Bahia nos últimos 13 anos

Em uma quinta-feira, 31 de março de 2011, o g1 Bahia publicou a sua primeira notícia. Neste domingo de Páscoa o portal completa 13 anos em atividades no estado. De lá para cá, são aproximadamente 1,5 bilhão de cliques em milhares de matérias que abordam diversas temática, e coberturas de fatos históricos. ???? NOTÍCIAS: Faça parte do canal do g1 Bahia no WhatsApp Para marcar a data, o g1 Bahia lembra 13 fatos importantes que marcaram os últimos 4.745 dias no estado. Veja relação abaixo: Canonização de Santa Dulce dos Pobres Visão geral da Praça de São Pedro, no Vaticano, durante a missa de canonização neste domingo (13) Remo Casilli/Reuters Coincidência ou não, foi em um domingo, também dia 13, que a baiana Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, conhecida como Irmã Dulce, foi canonizada pela Igreja Católica. Ela tinha uma forte relação com o número 13 e em outubro de 2019, foi realizada pelo Papa Francisco a cerimônia solene no Vaticano que a tornou Santa Dulce dos Pobres, a primeira santa brasileira. A celebração foi marcada por grande presença de devotos brasileiros. Uma semana depois, dia 20 de outubro, em Salvador, foi a vez dos conterrâneos da santa comemorarem e agradecerem pelo feito inédito, com um evento que reuniu mais de 30 mil pessoas na Arena Fonte Nova. Tapeçaria com imagem da Irmã Dulce, a Santa Dulce dos Pobres, na Praça de São Pedro, no Vaticano Bruno Batista/VPR A santa, conhecida popularmente como Anjo Bom da Bahia, foi uma das religiosas mais populares do Brasil graças ao trabalho social prestado aos mais pobres e necessitados, principalmente na capital baiana, onde surgiu, há mais de seis décadas, as Obras Sociais Irmã Dulce, uma das principais entidades filantrópicas do país. Três graças alcançadas por devotos, após orações a Irmã Dulce, foram analisadas pelo Vaticano, em vista no processo de canonização da religiosa. O último deles foi o de José Maurício Moreira, que mesmo desenganado pelos médicos, recuperou a visão após orar para a santa. LEIA TAMBÉM: Governo da Bahia decreta 13 de outubro como Dia de Irmã Dulce no estado Conheça a oração a Irmã Dulce após a canonização No sermão da canonização de Irmã Dulce, Papa diz que santos fazem 'caminho de amor nas periferias do mundo' Tragédia de Mar Grande Lancha Cavalo Marinho I, que naufragou em agosto do ano passado na baía de Todos-os-Santos Afonso Santana Há quase sete anos, em 24 de agosto de 2017, a Bahia acordou chorando. Nas primeiras horas deste dia aconteceu o naufrágio da lancha Cavalo Marinho I, considerada a maior tragédia marítima da baía de Todos-os-Santos. Dezenove pessoas morreram, entre elas três crianças, e 59 ficaram feridas. Desde então, sobreviventes da tragédia e familiares esperam decisão da Justiça sobre as indenizações. Além das 19 vítimas no dia do naufrágio, outra pessoa morreu em 2018, por sofrer de depressão e estresse pós-traumático – que é o distúrbio caracterizado pela dificuldade em se recuperar depois de vivenciar um acontecimento violento e/ou impactante. A família de Adailma Santana Gomes ainda luta para que ela seja reconhecida como a 20ª vítima da tragédia. Lancha que fazia a travessia Mar Grande-Salvador virou na na baía de Todos-os-Santos Graer/ Divulgação A Cavalo Marinho I naufragou cerca de 15 minutos após sair do cais de Mar Grande, na cidade de Vera Cruz, a pouco mais de 200 metros da costa. A embarcação estava regular, e transportava menos passageiros do que a capacidade permitida, no entanto, chovia e ventava muito quando a lancha virou. VÍTIMAS ????: relembre quem foram as pessoas que morreram no acidente Nas investigações, a Marinha encontrou uma série de negligências, atribuídas ao proprietário da empresa e ao engenheiro. Foram identificadas mudanças irregulares na lancha. A principal delas foi a colocação de 400 kg de lastros, que são pesos usados para ajudar na capacidade de manobras, no fundo da lancha Cavalo Marinho I. Chuva causa 27 mortos na Bahia Foto aérea mostra ruas inundadas após por fortes chuvas em Itajuípe, no sul da Bahia, em 27 de dezembro DE 2021 Amanda Perobelli/Reuters Temporais que atingiram várias cidades baianas entre o final do ano de 2021 e o início do ano de 2022 deixaram 27 pessoas mortas, além de 30 mil desabrigados ( essoas que perderam seus imóveis e precisaram de apoio do poder público) e 62 mil desalojados (as pessoas que também perderam os imóveis, mas foram alocadas em casas de familiares). Quase 200 municípios, o que corresponde à praticamente metade das cidades do estado, tiveram decretos de situação de emergência reconhecidos pelo governo, o que facilita, em tese, o acesso a recursos federais para ações de recuperação dos cenários afetados, mediante apresentação do Plano de Resposta e do Plano de Trabalho. Apesar disso, os impactos foram tão grandes, que algumas cidades jamais conseguiram se recuperar totalmente. As regiões mais afetadas foram sudoeste, sul e extremo sul. Doméstica esgatada após cinco décadas mantida como escrava Madalen

Relembre 13 fatos que marcaram a Bahia nos últimos 13 anos





Em uma quinta-feira, 31 de março de 2011, o g1 Bahia publicou a sua primeira notícia. Neste domingo de Páscoa o portal completa 13 anos em atividades no estado. De lá para cá, são aproximadamente 1,5 bilhão de cliques em milhares de matérias que abordam diversas temática, e coberturas de fatos históricos. ???? NOTÍCIAS: Faça parte do canal do g1 Bahia no WhatsApp Para marcar a data, o g1 Bahia lembra 13 fatos importantes que marcaram os últimos 4.745 dias no estado. Veja relação abaixo: Canonização de Santa Dulce dos Pobres Visão geral da Praça de São Pedro, no Vaticano, durante a missa de canonização neste domingo (13) Remo Casilli/Reuters Coincidência ou não, foi em um domingo, também dia 13, que a baiana Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, conhecida como Irmã Dulce, foi canonizada pela Igreja Católica. Ela tinha uma forte relação com o número 13 e em outubro de 2019, foi realizada pelo Papa Francisco a cerimônia solene no Vaticano que a tornou Santa Dulce dos Pobres, a primeira santa brasileira. A celebração foi marcada por grande presença de devotos brasileiros. Uma semana depois, dia 20 de outubro, em Salvador, foi a vez dos conterrâneos da santa comemorarem e agradecerem pelo feito inédito, com um evento que reuniu mais de 30 mil pessoas na Arena Fonte Nova. Tapeçaria com imagem da Irmã Dulce, a Santa Dulce dos Pobres, na Praça de São Pedro, no Vaticano Bruno Batista/VPR A santa, conhecida popularmente como Anjo Bom da Bahia, foi uma das religiosas mais populares do Brasil graças ao trabalho social prestado aos mais pobres e necessitados, principalmente na capital baiana, onde surgiu, há mais de seis décadas, as Obras Sociais Irmã Dulce, uma das principais entidades filantrópicas do país. Três graças alcançadas por devotos, após orações a Irmã Dulce, foram analisadas pelo Vaticano, em vista no processo de canonização da religiosa. O último deles foi o de José Maurício Moreira, que mesmo desenganado pelos médicos, recuperou a visão após orar para a santa. LEIA TAMBÉM: Governo da Bahia decreta 13 de outubro como Dia de Irmã Dulce no estado Conheça a oração a Irmã Dulce após a canonização No sermão da canonização de Irmã Dulce, Papa diz que santos fazem 'caminho de amor nas periferias do mundo' Tragédia de Mar Grande Lancha Cavalo Marinho I, que naufragou em agosto do ano passado na baía de Todos-os-Santos Afonso Santana Há quase sete anos, em 24 de agosto de 2017, a Bahia acordou chorando. Nas primeiras horas deste dia aconteceu o naufrágio da lancha Cavalo Marinho I, considerada a maior tragédia marítima da baía de Todos-os-Santos. Dezenove pessoas morreram, entre elas três crianças, e 59 ficaram feridas. Desde então, sobreviventes da tragédia e familiares esperam decisão da Justiça sobre as indenizações. Além das 19 vítimas no dia do naufrágio, outra pessoa morreu em 2018, por sofrer de depressão e estresse pós-traumático – que é o distúrbio caracterizado pela dificuldade em se recuperar depois de vivenciar um acontecimento violento e/ou impactante. A família de Adailma Santana Gomes ainda luta para que ela seja reconhecida como a 20ª vítima da tragédia. Lancha que fazia a travessia Mar Grande-Salvador virou na na baía de Todos-os-Santos Graer/ Divulgação A Cavalo Marinho I naufragou cerca de 15 minutos após sair do cais de Mar Grande, na cidade de Vera Cruz, a pouco mais de 200 metros da costa. A embarcação estava regular, e transportava menos passageiros do que a capacidade permitida, no entanto, chovia e ventava muito quando a lancha virou. VÍTIMAS ????: relembre quem foram as pessoas que morreram no acidente Nas investigações, a Marinha encontrou uma série de negligências, atribuídas ao proprietário da empresa e ao engenheiro. Foram identificadas mudanças irregulares na lancha. A principal delas foi a colocação de 400 kg de lastros, que são pesos usados para ajudar na capacidade de manobras, no fundo da lancha Cavalo Marinho I. Chuva causa 27 mortos na Bahia Foto aérea mostra ruas inundadas após por fortes chuvas em Itajuípe, no sul da Bahia, em 27 de dezembro DE 2021 Amanda Perobelli/Reuters Temporais que atingiram várias cidades baianas entre o final do ano de 2021 e o início do ano de 2022 deixaram 27 pessoas mortas, além de 30 mil desabrigados ( essoas que perderam seus imóveis e precisaram de apoio do poder público) e 62 mil desalojados (as pessoas que também perderam os imóveis, mas foram alocadas em casas de familiares). Quase 200 municípios, o que corresponde à praticamente metade das cidades do estado, tiveram decretos de situação de emergência reconhecidos pelo governo, o que facilita, em tese, o acesso a recursos federais para ações de recuperação dos cenários afetados, mediante apresentação do Plano de Resposta e do Plano de Trabalho. Apesar disso, os impactos foram tão grandes, que algumas cidades jamais conseguiram se recuperar totalmente. As regiões mais afetadas foram sudoeste, sul e extremo sul. Doméstica esgatada após cinco décadas mantida como escrava Madalena Santiago, de 62 anos Reprodução/TV Bahia "Era uma vida triste para mim". Essa frase foi dita por Madalena Santiago, de 62 anos, doméstica resgatada de trabalho análogo à escravidão por auditores-fiscais do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP) em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. Ela viveu na casa de uma família durante cinco décadas sem receber salários, além de ter sido maltratada e roubada pelos patrões. Há dois anos, a história ganhou repercussão nacional após ser exibida no Bahia Meio Dia, telejornal da TV Bahia. Resgatada chorou ao tocar em mão de repórter: 'Receio de pegar na sua mão branca' Ex-patroa diz que não pagava salário de domésticaporque a considerava da família Madalena contou que, durante o período que esteve em situação análoga à escravidão, a filha dos patrões fez empréstimos no nome dela e ficou com R$ 20 mil da aposentadoria da doméstica. Atualmente, ela recebe um salário mínimo da ação cautelar do Ministério do Trabalho e Previdência (MPT) e também conseguiu construir uma casa com ajuda de populares que se solidarizaram com a situação. Visita meteórica de Beyoncé Beyoncé em Salvador Redes sociais Imagina sair de casa para assistir a um filme, seguido de uma festinha privada, e, de repente, dar de cara com um dos maiores nomes da música pop mundial. Isso aconteceu com um grupo seleto de pessoas, no final do ano 2023. A cantora e empresária norte-americana Beyoncé agitou o país ao fazer uma aparição surpresa em Salvador no dia 21 de dezembro, no evento de pré-estreia do filme dela "Renaissance: a film by Beyoncé". O encontro entre a estrela e os fãs - quase todos pretos, como ela - aconteceu no Centro de Convenções e foi tão rápido quanto surpreendente. Beyoncé subiu ao palco por cerca de três minutos. Não cantou e, após um rápido pronunciamento, foi embora. Apesar disso, decidiu eternizar a rápida passagem na capital baiana nas redes sociais com fotos vestida em uma roupa brilhante e enrolada nas bandeiras do Brasil e da Bahia. "É muito importante para mim estar aqui na Bahia. Queria que vocês fizessem parte da turnê, porque vocês são a turnê. Renaissance é sobre liberdade, beleza, tudo que vocês são. Obrigada por todo o apoio em todos esses anos. Vocês são únicos, Bahia", disse. VEJA: SIGILO: Equipe que produziu evento de Beyoncé em Salvador não sabia da vinda da artista Beyoncé publica fotos de ruas de Salvador e manda mensagem natalina ao 'Brazil' Ludmilla posta fotos do encontro com Beyoncé em Salvador Thaynara OG, Nanda Costa, Lore Improta e Léo Santana celebram aparição de Beyoncé na Bahia Assassinato do mestre Moa do Katendê Moa do Katendê foi morto a facadas Reprodução/Facebook No dia 8 de outubro de 2018, o nome de Môa do Katendê tomou os noticiários em diversos países, além do Brasil,. após ter a vida brutalmente interrompida. Romualdo Rosário da Costa, o mestre de capoeira, multiartista e educador, foi morto em um bar da capital baiana, após uma discussão sobre as eleições poucas horas depois do resultado da votação que tornou Jair Bolsonaro presidente do Brasil. O assassinato foi um triste retrato da polaridade política que começou na campanha presidencial de 2018 e que se arrasta até os dias atuais. Paulo Sérgio Ferreira de Santana, de 36 anos, que golpeou Môa com uma faca, foi preso logo após o crime, que gerou indignação em todo o mundo. Moa do Katendê Divulgação / Kana Filmes Após a morte, Môa foi diversas vezes homenageado, com lançamento de álbuns e documentário, por exemplo, obras que celebram legado cultural e reforçam a ancestralidade do eterno "Moço lindo do Badauê", cantado por Caetano Veloso. 'Era meu amigo', diz Caetano sobrea capoeirista morto após discussão política na Bahia Grafites em muros de Salvador homenageiam mestre Moa do Katendê Escola estadual da Bahia recebe nome de Moa do Katendê; unidade fica no bairro onde capoeirista morava Com homenagem a Moa do Katendê, Roger Waters pede paz e chora durante show para 28 mil pessoas na Bahia Greves da Polícia Militar da Bahia Com greve da PM na Bahia, banco e mercado são arrombados e aulas suspensas em Salvador Lúcio Távora/Agência A Tarde/Estadão Conteúdo Durane os 13 anos de atividades na Bahia, o g1 registrou três greves da Polícia Militar: em 2012, 2016, e em 2014, quando ocorreu a mais impactante de todas. Com maior adesão entre os agentes, cidades de toda a Bahia ficaram sem transporte, sem funcionamento de estabelecimentos e órgãos, e viveram dias de muito terror. A paralisação durou 48 horas, tempo suficiente para serem registrados pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) 39 homicídios somente em Salvador e região metropolitana, sem contar o interior. Também houve, nesse período, uma série de saques e arrombamentos e a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos contabilizou 60 carros roubados no primeiro dia de greve, um número três vezes maior do que a média geral. Enquanto governo e categoria não chegavam a um acordo, tropas do Exército reforçavam a segurança nas ruas da capital baiana. Entre os pontos de desacordo entre a Associação de Praças da Polícia Militar da Bahia e o governo do estado, estavam indefinição de plano de carreira da categoria e isonomia entre as polícias militar e civil, além de questões salariais. A greve foi encerrada após os policiais conseguirem um aumento de 25% no soldo (remuneração específica dos policiais) para o administrativo da PM; de 45%, para o operacional; e de 60%, para motoristas. Também foi aprovada a extinção do código de ética, nova discussão sobre o plano de carreira e fim do curso de cabo. Caso Kátia Vargas Kátia Vargas na chegada de uma das audiência de instrução do caso Reprodução/TV Bahia A médica Kátia Vargas foi absolvida em júri popular realizado no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, em dezembro de 2017. Ela era acusada de ter provocado um acidente que matou os irmãos Emanuele e Emanuel Gomes Dias, de 22 e 23 anos. O caso ocorreu após uma suposta discussão no trânsito, no bairro de Ondina, também na capital baiana, em outubro de 2013. A oftalmologista chegou a ser presa, contudo, após dois meses, obteve o direito de responder ao processo em liberdade provisória. A defesa da médica chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir o júri popular, sem sucesso. Emanuel e Emanuelle Dias morreram em outubro de 2013 Reprodução/TV Bahia Durante todo esse período, Marinubia Gomes, mãe de Emanuel e Emanuelle lutou em memória dos filhos e também por isso o caso ganhou repercussão nacional. Em julho de 2022, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) suspendeu a decisão que condenava a médica a pagar R$ 600 mil à família dos jovens, o que gerou revolta entre os parentes. A medida destacou ainda que a indenização não era uma reparação de danos econômicos, mas sim uma punição patrimonial. Veja argumentos da acusação durante o júri popular da médica Kátia Vargas Veja argumentos da defesa durante o júri popular da médica Kátia Vargas Criança tem 31 agulhas inseridas no corpo pelo ex-padrasto Radiografia mostrou agulhas no corpo de criança; caso ocorreu em Ibotirama, na Bahia Reprodução/TV Globo Um caso sem precedentes ocorrido em dezembro de 2009, na cidade de Ibotirama, no oeste baiano, chamou atenção em todo o mundo e virou caso de estudo na comunidade científica, para além das investigações policiais. Uma criança, que na época, tinha 2 anos e 7 meses, teve 31 agulhas inseridas no corpo pelo ex-padrastro. Hoje adolescente, o menino leva uma vida normal, todavia, ainda é acompanhado por médicos, depois de ter passado por três cirurgias de alto risco, e convive com poucas agulhas no organismo, que não oferecem risco de morte porque não mudam de lugar. O garoto deu entrada no hospital chorando e sentindo muitas dores. Sem diagnóstico evidente, os médicos pediram uma radiografia e encontraram as 31 agulhas espalhadas pelo corpo dele. Roberto Carlos Magalhães foi condenado a 12 anos de prisão por inserir agulhas no enteado Reprodução/TV Bahia O padrastro da criança confessou a violência e foi preso. Roberto Carlos Magalhães, ex-ajudante de pedreiro, vivia com a mãe do menino havia seis meses. Em 2014, cinco anos após o crime, ele enfrentou júri popular e foi condenado a 12 anos e seis meses de prisão, por tentativa de homicídio triplamente qualificado. O homem disse que as agulhas inseridas no corpo da criança faziam parte de um ritual e que duas mulheres o ajudaram. Elas foram liberadas pela Justiça, por falta de provas. Pior seca em 100 anos Um bezerro de seu Antônio morreu Alan Tiago Alves/G1 Em 2017, a Bahia enfrentou aquela que viria a ser considerada a pior seca dos últimos 100 anos. Mais da metade dos municípios tiveram decretos de situação de emergência reconhecidos por falta de chuva. Os prejuízos são incontáveis. Com sede e sem pasto para se alimentarem, milhares de animais morreram e pequenas produções pararam, por falta de água para irrigação. As pessoas ficaram sem produtos para comercialização e para a própria sobrevivência. Zona rural de Feira de Santana, na Bahia, sofreu com estiagem prolongada Alan Tiago Alves/G1 Uma das cidades mais afetadas foi Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador. Em algumas comunidades rurais, moradores precisaram dividir água esverdeada, inapropriada para consumo humano, com os poucos bichos que resistiram. Muita gente passou fome e precisou de ajuda do poder público e da população. Seca muda cenário e causa prejuízos a 1,5 mil produtores em Planalto, na BA Seca, foi "de longe, o desastre natural mais frequente" da BA nos últimos anos, segundo o IBGE Outra localidade muito afetada foi Itabuna, no sul da Bahia, onde houve racionamento de água. Em alguns bairros moradores só tinham água em casa a cada 15 dias. Tanques comunitários abastecidos por carros-pipa foram colocados na cidade, entretanto, com a demanda grande, a aglomeração de moradores muitas vezes terminou em tumulto, em uma verdadeira "briga" pela água, e tinha gente que dormia na fila para garantir o recurso. Seca destruiu o sisal no município de Valente, na Bahia Henrique Mendes/G1 A seca também causou sérios impactos na cidade de Valente, polo mundial da produção de sisal, ondeos roçados viraram um 'cemitério verde'. A fibra, chamada de "ouro verde do sertão", promoveu progresso para, ao menos 20 cidades, e colocou a Bahia como principal produtor do mundo, reponsável por 90%% do plantio nacional. Com a estiagem, mais de 700 mil ligadas à atividade pessoas perderam sua fonte de renda, na época. Acidente de trânsito com mais de 20 mortes Batida entre caminhão e ônibus deixou 24 pessoas mortas no norte da Bahia Reprodução/Redes Sociais O acidente de trânsito com maior número de vítimas nos dois últimos dois anos, segundo a Polícia Rodoviária Federal, ocorreu no início de 2024. Uma batida entre um ônibus de turismo e um caminhão deixou 24 pessoas mortas e cinco feridas. Quase três meses depois, ainda não se sabe o que causou a colisão, ocorrida na BR-324, no trecho da cidade de São José do Jacuípe, no norte da Bahia. Os passageiros do ônibus moravam em Jacobina, na mesma região. Eles retornavam de uma excursão, após um domingo de lazer na praia de Guarajuba, distrito turístico de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, quando tudo aconteceu. Já as pessoas que estavam no caminhão saíram da cidade de Juazeiro e tinham como destino Feira de Santana, a 100 km de Salvador, onde fariam o descarregamento do caminhão, que transportava frutas. Ambos os veículos ficaram totalmente destruídos. A Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) informou que o ônibus estava regular e o motorista também estava com o cadastro em dia. Entre as vítmas do acidente, estavam pessoas da mesma família. A cidade de Jacobina, que tem pouco mais de 82 mil habitantes, ficou totalmente enlutada com as perdas. Julgamento do caso Lucas Terra Lucas Terra tinha 14 anos quando foi abusado sexualmente e queimado vivo Reprodução/TV Bahia Em 27 de abril de 2023, dois pastores da Igreja Universal do Reino de Deus foram condenados a 21 anos de prisão por matar e queimar ocorpo do adolescente Lucas Terra, de 14 anos, em um terreno baldio da capital baiana. Ele também teria sido estuprado pelos pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva, após flagrar uma relação sexual entre os dois, dentro de um templo da Igreja Universal do Reino de Deus, na capital baiana. Antes de morrer, pai de garoto escreveu livro e rodou o mundo em busca de Justiça CRONOLOGIA: veja ponto a ponto do caso Lucas Terra O julgamento teria sido o desfecho para o caso, que se arrastou durante mais de 20 anos, entretanto, apesar de Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva terem sido condenados a cumprirem pena em regime fechado, até o momento eles não foram presos. A dupla foi condenada pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Os três agravantes para o homicídio são: o motivo torpe, o emprego do meio cruel e a impossibilidade de defesa da vítima. Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia ????