Sonda da ESA capta “sinais de aranhas” em Marte

Imagens da sonda ExoMars TGO da ESA revelam formações semelhantes a aranhas de gelo nas regiões polares de Marte O post Sonda da ESA capta “sinais de aranhas” em Marte apareceu primeiro em Olhar Digital.

Sonda da ESA capta “sinais de aranhas” em Marte












Imagens intrigantes capturadas pela sonda ExoMars TGO, da Agência Espacial Europeia (ESA), mostrando o que parecem ser aranhas de gelo em Marte. Essas formações, vistas nas regiões polares do planeta vermelho, desencadearam especulações sobre os fenômenos naturais que moldam a superfície marciana.

A explicação da ESA desvenda o mistério, atribuindo a formação de tais “aranhas” à interação das camadas de gelo de dióxido de carbono durante a transição do inverno marciano para a primavera. À medida que a luz solar penetra no gelo, o dióxido de carbono aprisionado sublima, gerando gás que rompe as camadas de gelo, carregando material escuro para a superfície e formando padrões distintivos.

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O espetáculo resultante se assemelha a fontes gigantes, ejetando poeira e areia na atmosfera marciana antes de se acomodarem novamente, deixando para trás manchas escuras que se estendem entre 45 metros e 1 quilômetro de largura. Essa exibição destaca a natureza dinâmica das transições sazonais de Marte.

aranhas marte
Visão em perspectiva da região de marte conhecida como “Cidade Inca”. (Imagem: ESA / Divulgação)

Por que essas formações são associadas com aranhas?

  • A resposta está na pareidolia, um fenômeno cognitivo enraizado na percepção humana.
  • Evolutivamente, a sobrevivência de nossos ancestrais dependia da identificação rápida de ameaças potenciais, como predadores espreitando no ambiente.
  • Essa tendência em discernir padrões reconhecíveis, mesmo em estímulos aleatórios, garantia sua sobrevivência.
  • Os primeiros humanos que confundiam estímulos inofensivos com perigos potenciais erravam pelo lado da cautela, salvaguardando sua sobrevivência.
  • Assim, a inclinação para perceber formas familiares em contextos desconhecidos persiste como um vestígio de nosso passado evolutivo.
  • A Dra. Jess Taubert da Universidade de Queensland corroborou essa perspectiva em entrevista ao IFLScience, enfatizando a predisposição inata do cérebro para discernir padrões como um mecanismo de sobrevivência.
  • Essa predisposição cognitiva, embora vantajosa para a detecção de ameaças, também predispõe os humanos a interpretar erroneamente estímulos aleatórios, como evidenciado pelos padrões “aranha” em Marte.

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