Wall Street volta a ser tão rápido quanto era cem anos atrás
Liquidação de ações volta a ocorrer em um dia, com mudança que vale a partir desta terça-feira, seguindo as novas regras da SEC The post Wall Street volta a ser tão rápido quanto era cem anos atrás appeared first on InfoMoney.

Wall Street perto da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) (Foto: Alex Kent/Bloomberg) " data-medium-file="https://www.infomoney.com.br/wp-content/uploads/2024/05/412112452.jpg?fit=300%2C200&quality=70&strip=all" data-large-file="https://www.infomoney.com.br/wp-content/uploads/2024/05/412112452.jpg?fit=1280%2C854&quality=70&strip=all">
Bloomberg — O mercado de ações dos Estados Unidos voltou a ser tão rápido quanto era cem anos atrás. Essa foi a última vez que as negociações em Nova York foram liquidadas em apenas um dia, como volta a acontecer a partir desta terça-feira (28), de acordo com novas regras da SEC, a comissão de valores mobiliários dos EUA.
A mudança, que reduz pela metade o tempo necessário para concluir cada transação, também ocorreu no Canadá e no México na segunda-feira.
O sistema conhecido como T+1 — abandonado no passado porque ficou difícil lidar com volumes crescentes — tem como objetivo reduzir o risco no sistema financeiro.
Mas existem preocupações com possíveis problemas iniciais, como falhas e a dificuldade de os investidores internacionais em obter dólares a tempo, já que a liquidação das operações de câmbio costuma levar dois dias. E todos terão menos tempo para corrigir erros.
A esperança é que tudo corra bem, mas até a SEC disse na semana passada que a transição pode levar a um “aumento de curto prazo nas falhas de liquidação e desafios para um pequeno segmento de participantes do mercado”.
O setor financeiro vem se preparando há meses, realocando funcionários, ajustando turnos e reformulando fluxos de trabalho. Muitos dizem estar confiantes em sua própria preparação. A preocupação é se todos os outros pares e intermediários também estão prontos.
“Tem muita interdependência no setor e pode haver alguns problemas com players individuais”, disse Tom Price, diretor administrativo e chefe de tecnologia, operações e continuidade de negócios da Associação da Indústria de Valores Mobiliários e Mercados Financeiros dos EUA, conhecida como Sifma.
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“Mas estou otimista com o fato de as empresas estarem aumentando o pessoal. Elas estão garantindo que as pessoas não estejam na praia durante o período de transição.”
Não é a primeira vez que Wall Street passa por uma transição deste tipo, mas os profissionais do setor dizem que será a mais desafiadora. A era T+1 da década de 1920 terminou porque as transações eram manuais e isso tornou impossível acompanhar o aumento dos volumes. O prazo de liquidação acabou sendo estendido para cinco dias.
Esse número foi reduzido para três após o crash de 1987, e depois para dois em 2017.
A redução para um único dia é diferente devido ao tamanho do mercado, à complexidade das transações internacionais e ao fato de os EUA deixarem muitos outros mercados para trás.
O novo sistema enfrentará dois grandes testes logo de início. Na quarta-feira, serão liquidadas tanto as operações desta terça quanto a última leva de dois dias da sexta, depois do feriado na segunda. E no fim de semana haverá o rebalanceamento de índices da MSCI, levando fundos do mundo todo que acompanham os índices a reorganizarem suas carteiras ao mesmo tempo.
“Estamos prontos”, disse Christos Ekonomidis, diretor do programa T+1 do BNY Mellon. “Sabemos que haverá alguns problemas com uma transição como esta, por isso é importante ter os recursos certos para resolvê-los rapidamente.
© 2024 Bloomberg L.P.
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