Cultivares de café da Epamig brilham no Prêmio do Cerrado Mineiro
As cultivares MGS Paraíso 2 e MGS Turmalina, desenvolvidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), conquistaram destaque na 12ª edição do Prêmio de Cafés do Cerrado Mineiro, realizado em Uberlândia, Minas Gerais. O evento, promovido pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, reconhece a excelência na produção cafeeira e reforça a posição de Minas Gerais como líder na produção de cafés especiais.
Na categoria “Café Natural”, a MGS Paraíso 2 garantiu o 1º lugar com 90,58 pontos, enquanto a MGS Turmalina ficou em 3º lugar, com 88,15 pontos. Já na categoria “Fermentação Induzida”, a MGS Paraíso 2 conquistou o 2º lugar, com 89,7 pontos.
Destaques e histórias dos premiados
O café premiado com a MGS Paraíso 2, na categoria “Café Natural”, foi produzido por Flávio Márcio Silva, da cooperativa Carmocer. Ele destacou que o prêmio reflete um ano de intenso trabalho de sua equipe e a motivação de continuar buscando excelência.
Na categoria “Fermentação Induzida”, a cafeicultora Beatriz Aparecida Guimarães não apenas garantiu a segunda colocação com a MGS Paraíso 2, como também recebeu o troféu "Mulher de Atitude" pela sua contribuição à inovação no setor.
Enivaldo Marinho Pereira, técnico agrícola da Carmocer, produziu o café que levou a MGS Turmalina ao pódio na categoria "Café Natural". Ele revelou que o cultivo da cultivar começou em 2010, em parceria com a Epamig, demonstrando o potencial da Turmalina para qualidade e produtividade.
Leilão Solidário e recorde histórico
Um dos momentos mais marcantes da premiação foi o Leilão Café Solidário, onde uma saca da MGS Turmalina, cultivada por Enivaldo Marinho, foi arrematada por R$ 115 mil. Este valor é o mais alto já registrado para uma saca de café no Brasil, adquirida pelo consórcio formado por Carpec, Louis Dreyfus e Sebrae Minas.
Potenciais das cultivares
- MGS Turmalina (lançada em 2021): reconhecida por seu alto potencial produtivo e excelência da bebida, mesmo sob condições adversas. Possui origem genética comum à MGS Paraíso 2 e tem ampliado o reconhecimento da produção mineira.
- MGS Paraíso 2 (lançada em 2012): destaca-se pela resistência à ferrugem, precocidade de maturação e adaptabilidade a diferentes sistemas de cultivo. Desenvolvida a partir do cruzamento entre Catuaí Amarelo IAC 30 e Híbrido de Timor UFV 445-46, é uma referência em produtividade e qualidade para cafés especiais.
Reconhecimento e inovação
O desempenho das cultivares no Prêmio do Cerrado Mineiro ressalta o papel da Epamig como protagonista no desenvolvimento de tecnologias agrícolas que impulsionam a competitividade do café mineiro no cenário global. O sucesso reforça a importância da pesquisa científica na geração de produtos de alto valor agregado, contribuindo para a liderança de Minas Gerais na cafeicultura de qualidade.