Os ministérios da desarticulação política

O governo tem cometido erros de relacionamento, que não se esperava de um político habilidoso como Lula. Sem mudança de rumo, os problemas poderão ficar sérios

Os
ministérios da desarticulação política












Nuno VasconcellosDaniel Castro Branco/Agência O Dia

A ineficiência na operação política e os erros no relacionamento com o Congresso ainda não causaram, pelo menos até agora, nenhum dano mais sério aos projetos que realmente interessam ao governo. Mas é bom abrir os olhos! A fragilidade da articulação política fica mais evidente a cada dia e o valor que precisa sair dos cofres públicos para que os parlamentares assegurem a maioria nas votações vai ganhando zeros à direita. Nunca na história deste país a liberação das emendas parlamentares foi tão essencial para assegurar a coesão do parlamento em torno do governo, como está sendo agora.

A liberação das emendas parlamentares é impositiva — ou seja, tem que ser feita, queira ou não queira. Mas a ordem de preferência da liberação faz uma diferença enorme. Seja como for, a barganha que leva à liberação de emendas em troca de apoio é um jogo perigoso. Se o apetite continuar crescendo, chegará o momento em que a execução orçamentária ficará incontrolável.

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