Raízes de árvores podem ter causado cratera que 'engoliu' homem em calçada em Cachoeiro, ES
Raízes podem ter retirado camada de solo e outros elementos na base do pavimento, onde fica rede de drenagem, o que teria ocasionado afundamento da calçada, explicou o Crea-ES. Cratera abre em calçada e homem que passava pelo local é engolido pelo buraco Após o acidente em que um homem acabou engolido por cratera de 2 metros de altura que se abriu em calçada em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) apontou que uma ruptura foi identificada na rede de drenagem na região, provavelmente ocasionada por raízes de árvores no local. Depois de cair no buraco, parte de um muro caiu sobre a vítima, que está internada em um hospital e passou por cirurgia. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram "Neste trecho, especificamente, existe uma rede de drenagem mista, que recebe tanto a contribuição de água quanto de esgoto. Próximo dela há uma árvore com raízes atingindo não só o muro, mas essa rede. A gente acredita que houve ali um vazamento. Essa água começou a retirar a camada de solo e outros elementos ali de base e próximo ao pavimento, o que ocasionou o afundamento da calçada, do passeio e consequentemente a queda do muro", explicou Erivelto Diogo da Silva, engenheiro do Crea. Vídeo mostra idoso sendo engolido por cratera aberta em calçada em Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo Divulgação De acordo com o assessor, há uma preocupação que situações semelhantes possam ocorrer ao longo da calçada, já que uma continuidade da mesma situação, ou seja, rede de drenagem e esgoto numa única tubulação de concreto. "Temos árvores ao longo dessa via, cujas raízes podem estar fazendo o mesmo processo. Então, o primeiro passo é fazer uma avaliação. Se a gente não possui situações semelhantes que possam ocasionar situações como essas ou ainda mais indesejadas", ressaltou. Como foi o acidente Imagens registraram um homem de azul caminhando com uma sacola. Ele passou em frente a um terreno com placas de proibido estacionar e, então, a calçada cedeu e o homem caiu no buraco, que pareceu "oco" por baixo do piso. Médico ortopedista estava voltando de hospital quando passou por calçada e foi engolido por cratera em Cachoeiro de Itapemirim Reprodução Em um outro ângulo, é possível ver que o local era uma garagem, e quando a calçada cedeu, parte do muro caiu em cima do buraco onde a vítima estava. Uma pessoa que estava dentro do terreno em que a parte cedeu saiu correndo para ver o que aconteceu, e outras pessoas que estavam na rua também foram até o buraco tentar ajudar. LEIA TAMBÉM: BR-262 vai ganhar novo traçado no ES e contar com túnel e viadutos Turista mineiro morre afogado em praia ao atravessar banco de areia para chegar até ilha em Piúma Homem dorme debaixo de ônibus e morre atropelado pelo veículo no Norte do ES Um outro homem se aproximou mais do buraco e pareceu tentar conversar com a vítima. Depois, ele começou a descer no buraco. O motorista Geraldo Mussi foi o primeiro a ajudar a vítima. "Ele chegou, estacionou o carro e foi no hospital pegar um exame e veio subindo. O buraco afundou e a pedra caiu em cima dele. Nós viemos e socorremos ele, colocamos na ambulância e ele foi socorrido", contou o motorista. Como está a vítima Idoso é engolido por cratera em calçada em Cachoeiro de Itapemirm, Sul do Espírito Santo Divulgação Eurípedes Fernando Melo é médico ortopedista. Ele foi socorrido e levado para um hospital, onde passou por exames. Ele sofreu uma fratura no fêmur da perna direita e um trauma no tórax. Na tarde desta segunda, o filho dele, Alberto Soeiro, informou à reportagem que o pai está lúcido e foi submetido a uma cirurgia. O que está sendo feito Segundo Erivelto, está sendo feito um trabalho preliminar de retirar a estrutura do local, que poderia cair sobre as pessoas, além de recompor a rede de drenagem para, no caso de utilização, essa água não comprometa ainda mais essa estrutura da via. Em caso de drenagem, segundo ele, a competência é do município. A Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim foi procurada, mas não retornou até a última atualização desta reportagem. Na tarde desta segunda, administração havia informado que uma equipe estava no local para ver os reparos que precisam ser feitos e dar início aos trabalhos. Problemas são silenciosos O engenheiro do Crea explicou ainda que o grande problema de ocorrências em sistemas de drenagem é que geralmente elas não dão sinais. "Elas ficam totalmente cobertas e pavimentadas por cima, por isso uma boa manutenção, uma boa gestão e um bom projeto fazem com que se evite [esse tipo de problema]". Um sistema separador, dividindo uma rede pra água e outra para esgoto, também evita esse tipo de acidente, explica o engenheiro. Segundo o profissional, a drenagem deve ser feita dentro de um envelopamento para evitar exatamente que, em caso de rompimento ou vazamento, haja esse afundamento e se comprometa a integridade física das pessoas que vão utilizar essa via. "Outro fato


Raízes podem ter retirado camada de solo e outros elementos na base do pavimento, onde fica rede de drenagem, o que teria ocasionado afundamento da calçada, explicou o Crea-ES. Cratera abre em calçada e homem que passava pelo local é engolido pelo buraco Após o acidente em que um homem acabou engolido por cratera de 2 metros de altura que se abriu em calçada em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) apontou que uma ruptura foi identificada na rede de drenagem na região, provavelmente ocasionada por raízes de árvores no local. Depois de cair no buraco, parte de um muro caiu sobre a vítima, que está internada em um hospital e passou por cirurgia. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram "Neste trecho, especificamente, existe uma rede de drenagem mista, que recebe tanto a contribuição de água quanto de esgoto. Próximo dela há uma árvore com raízes atingindo não só o muro, mas essa rede. A gente acredita que houve ali um vazamento. Essa água começou a retirar a camada de solo e outros elementos ali de base e próximo ao pavimento, o que ocasionou o afundamento da calçada, do passeio e consequentemente a queda do muro", explicou Erivelto Diogo da Silva, engenheiro do Crea. Vídeo mostra idoso sendo engolido por cratera aberta em calçada em Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo Divulgação De acordo com o assessor, há uma preocupação que situações semelhantes possam ocorrer ao longo da calçada, já que uma continuidade da mesma situação, ou seja, rede de drenagem e esgoto numa única tubulação de concreto. "Temos árvores ao longo dessa via, cujas raízes podem estar fazendo o mesmo processo. Então, o primeiro passo é fazer uma avaliação. Se a gente não possui situações semelhantes que possam ocasionar situações como essas ou ainda mais indesejadas", ressaltou. Como foi o acidente Imagens registraram um homem de azul caminhando com uma sacola. Ele passou em frente a um terreno com placas de proibido estacionar e, então, a calçada cedeu e o homem caiu no buraco, que pareceu "oco" por baixo do piso. Médico ortopedista estava voltando de hospital quando passou por calçada e foi engolido por cratera em Cachoeiro de Itapemirim Reprodução Em um outro ângulo, é possível ver que o local era uma garagem, e quando a calçada cedeu, parte do muro caiu em cima do buraco onde a vítima estava. Uma pessoa que estava dentro do terreno em que a parte cedeu saiu correndo para ver o que aconteceu, e outras pessoas que estavam na rua também foram até o buraco tentar ajudar. LEIA TAMBÉM: BR-262 vai ganhar novo traçado no ES e contar com túnel e viadutos Turista mineiro morre afogado em praia ao atravessar banco de areia para chegar até ilha em Piúma Homem dorme debaixo de ônibus e morre atropelado pelo veículo no Norte do ES Um outro homem se aproximou mais do buraco e pareceu tentar conversar com a vítima. Depois, ele começou a descer no buraco. O motorista Geraldo Mussi foi o primeiro a ajudar a vítima. "Ele chegou, estacionou o carro e foi no hospital pegar um exame e veio subindo. O buraco afundou e a pedra caiu em cima dele. Nós viemos e socorremos ele, colocamos na ambulância e ele foi socorrido", contou o motorista. Como está a vítima Idoso é engolido por cratera em calçada em Cachoeiro de Itapemirm, Sul do Espírito Santo Divulgação Eurípedes Fernando Melo é médico ortopedista. Ele foi socorrido e levado para um hospital, onde passou por exames. Ele sofreu uma fratura no fêmur da perna direita e um trauma no tórax. Na tarde desta segunda, o filho dele, Alberto Soeiro, informou à reportagem que o pai está lúcido e foi submetido a uma cirurgia. O que está sendo feito Segundo Erivelto, está sendo feito um trabalho preliminar de retirar a estrutura do local, que poderia cair sobre as pessoas, além de recompor a rede de drenagem para, no caso de utilização, essa água não comprometa ainda mais essa estrutura da via. Em caso de drenagem, segundo ele, a competência é do município. A Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim foi procurada, mas não retornou até a última atualização desta reportagem. Na tarde desta segunda, administração havia informado que uma equipe estava no local para ver os reparos que precisam ser feitos e dar início aos trabalhos. Problemas são silenciosos O engenheiro do Crea explicou ainda que o grande problema de ocorrências em sistemas de drenagem é que geralmente elas não dão sinais. "Elas ficam totalmente cobertas e pavimentadas por cima, por isso uma boa manutenção, uma boa gestão e um bom projeto fazem com que se evite [esse tipo de problema]". Um sistema separador, dividindo uma rede pra água e outra para esgoto, também evita esse tipo de acidente, explica o engenheiro. Segundo o profissional, a drenagem deve ser feita dentro de um envelopamento para evitar exatamente que, em caso de rompimento ou vazamento, haja esse afundamento e se comprometa a integridade física das pessoas que vão utilizar essa via. "Outro fator é a seleção de espécies adequadas para utilizar nas vias públicas de árvores, que não tenham esses tipos de raízes que comprometam tanto as estruturas das casas quanto às estruturas de terceiros, seja rede de água ou esgoto", pontuou.