Tatu viraliza após 'pedir' comida em parque de MT; VÍDEO
Especialistas alertam para os malefícios em dar comida a espécies silvestres. Tatu viraliza após 'pedir' comida em parque de MT Um tatu-peba viralizou nas redes sociais após turistas filmarem o animal "pedindo" comida enquanto estavam almoçavam no Bosque Municipal de Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá . Na internet, o animal chamou a atenção de quase 200 mil de pessoas desde a data da publicação do vídeo, nessa terça-feira (3), e o comportamento rendeu diversos comentários (assista acima). Segundo o casal Ramieri Passos, de 46 anos, e Eliana Cardoso, de 31, o tatu já havia interagido com eles, assim que chegaram ao parque. "Ele [o tatu] estava logo na entrada. Ficamos um tempo com ele, filmamos e seguimos. Uma funcionária do parque nos avisou que se fôssemos comer ali, ele poderia sentir o cheiro e pedir comida, e assim foi. O tatu ficou uns cinco minutos entorno das nossas pernas, depois ele se foi", contou Ramieri. Segundo especialistas ouvidos pelo g1, não é recomendado dar alimentos a animais silvestres. De acordo com o biólogo Luiz Eduardo Saragiotto, o tatu se aproximou por ser algo habitual para ele, já que vive em um parque com bastante movimentação de pessoas. "O tatu está habituado e deve estar acostumado a receber alimentos nesse local, ele acaba vendo [a interação] como uma possibilidade de obter comida. Não é uma prática que a gente recomenda, pois a alimentação humana é muito diferente da dele na natureza, [a comida] tem condimentos que podem trazer prejuízos para a saúde dele", explicou. O biólogo Pablo Edini ressaltou que essa prática pode ser prejudicial tanto para os animais, quanto para os humanos, através da contaminação cruzada, podendo causar até a morte de determinadas espécies. "Uma espécie nativa pode transmitir uma doença para o ser humano, tanto quanto o ser humano pode transmitir para aquele animal. Bactérias e vírus que são comuns para nós, como a herpes, pode acabar matando muitas espécies. Macacos, por exemplo, não têm capacidade nenhuma de lidar com o vírus", alertou. Os especialistas afirmaram também que os animais podem ficar tão habituados a serem alimentados por humanos, que corre o risco deles perderem o interesse em fazer suas funções ecológicas, que eles são designados para cumprir na cadeia alimentar, como se alimentar de sementes e caçar para controlar populações. LEIA TAMBÉM VÍDEO: castigado por seca severa, tatu-peba não reage à presença humana e bebe água em garrafa VÍDEO: tatu-peba bebe água oferecida por caminhoneiro em meio a seca severa VÍDEO: tatu-peba bebe água oferecida por amigos em estrada Casal aventureiro Ramieri Passos e Eliana Cardoso estão viajando pelo mundo desde o dia 17 de julho Arquivo pessoal O casal de professores, que registrou o tatu, veio do Rio de Janeiro e está pela primeira vez em Mato Grosso. A viagem faz parte de um sonho que eles estão realizando desde o dia 17 de julho deste ano, quando deixaram de lado a profissão, fizeram uma reserva financeira e subiram no motorhome, uma casa sobre rodas, para explorar o mundo. "Saímos do Rio e estamos subindo. A ideia é viajar por cinco anos: um ano pelo Brasil, um pela América do Sul e três anos fora das Américas, vamos ver como será isso. Caso os planos não derem certo, voltamos para a sala de aula", relatou. Ramieri e Eliana estão registrando a experiência pelo mundo nas redes sociais, o casal está em Sapezal, a 473 km de Cuiabá, no momento da publicação desta reportagem, onde já receberam a visita de uma arara-canindé. Arara-canindé registrada pelo casal, em Sapezal Ramieri Passos e Eliana Cardoso ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp *Estagiária sob a supervisão de Kessillen Lopes
Especialistas alertam para os malefícios em dar comida a espécies silvestres. Tatu viraliza após 'pedir' comida em parque de MT Um tatu-peba viralizou nas redes sociais após turistas filmarem o animal "pedindo" comida enquanto estavam almoçavam no Bosque Municipal de Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá . Na internet, o animal chamou a atenção de quase 200 mil de pessoas desde a data da publicação do vídeo, nessa terça-feira (3), e o comportamento rendeu diversos comentários (assista acima). Segundo o casal Ramieri Passos, de 46 anos, e Eliana Cardoso, de 31, o tatu já havia interagido com eles, assim que chegaram ao parque. "Ele [o tatu] estava logo na entrada. Ficamos um tempo com ele, filmamos e seguimos. Uma funcionária do parque nos avisou que se fôssemos comer ali, ele poderia sentir o cheiro e pedir comida, e assim foi. O tatu ficou uns cinco minutos entorno das nossas pernas, depois ele se foi", contou Ramieri. Segundo especialistas ouvidos pelo g1, não é recomendado dar alimentos a animais silvestres. De acordo com o biólogo Luiz Eduardo Saragiotto, o tatu se aproximou por ser algo habitual para ele, já que vive em um parque com bastante movimentação de pessoas. "O tatu está habituado e deve estar acostumado a receber alimentos nesse local, ele acaba vendo [a interação] como uma possibilidade de obter comida. Não é uma prática que a gente recomenda, pois a alimentação humana é muito diferente da dele na natureza, [a comida] tem condimentos que podem trazer prejuízos para a saúde dele", explicou. O biólogo Pablo Edini ressaltou que essa prática pode ser prejudicial tanto para os animais, quanto para os humanos, através da contaminação cruzada, podendo causar até a morte de determinadas espécies. "Uma espécie nativa pode transmitir uma doença para o ser humano, tanto quanto o ser humano pode transmitir para aquele animal. Bactérias e vírus que são comuns para nós, como a herpes, pode acabar matando muitas espécies. Macacos, por exemplo, não têm capacidade nenhuma de lidar com o vírus", alertou. Os especialistas afirmaram também que os animais podem ficar tão habituados a serem alimentados por humanos, que corre o risco deles perderem o interesse em fazer suas funções ecológicas, que eles são designados para cumprir na cadeia alimentar, como se alimentar de sementes e caçar para controlar populações. LEIA TAMBÉM VÍDEO: castigado por seca severa, tatu-peba não reage à presença humana e bebe água em garrafa VÍDEO: tatu-peba bebe água oferecida por caminhoneiro em meio a seca severa VÍDEO: tatu-peba bebe água oferecida por amigos em estrada Casal aventureiro Ramieri Passos e Eliana Cardoso estão viajando pelo mundo desde o dia 17 de julho Arquivo pessoal O casal de professores, que registrou o tatu, veio do Rio de Janeiro e está pela primeira vez em Mato Grosso. A viagem faz parte de um sonho que eles estão realizando desde o dia 17 de julho deste ano, quando deixaram de lado a profissão, fizeram uma reserva financeira e subiram no motorhome, uma casa sobre rodas, para explorar o mundo. "Saímos do Rio e estamos subindo. A ideia é viajar por cinco anos: um ano pelo Brasil, um pela América do Sul e três anos fora das Américas, vamos ver como será isso. Caso os planos não derem certo, voltamos para a sala de aula", relatou. Ramieri e Eliana estão registrando a experiência pelo mundo nas redes sociais, o casal está em Sapezal, a 473 km de Cuiabá, no momento da publicação desta reportagem, onde já receberam a visita de uma arara-canindé. Arara-canindé registrada pelo casal, em Sapezal Ramieri Passos e Eliana Cardoso ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp *Estagiária sob a supervisão de Kessillen Lopes