Companhia aérea de Cuba cancela voos após Argentina se negar a vender combustível
Fornecedores argentinos citam preocupações com sanções dos EUA sobre a ilha The post Companhia aérea de Cuba cancela voos após Argentina se negar a vender combustível appeared first on InfoMoney.

Aeronave da companhia Cubana em aeroporto de Santa Cruz, na Bolívia (REUTERS/Rodrigo Urzagasti) " data-medium-file="https://www.infomoney.com.br/wp-content/uploads/2024/04/2024-04-25T215607Z_1_LYNXNPEK3O11L_RTROPTP_4_CUBA-ARGENTINA-VOOS.jpg?fit=300%2C200&quality=70&strip=all" data-large-file="https://www.infomoney.com.br/wp-content/uploads/2024/04/2024-04-25T215607Z_1_LYNXNPEK3O11L_RTROPTP_4_CUBA-ARGENTINA-VOOS.jpg?fit=1280%2C853&quality=70&strip=all">
Fornecedores de combustível de aviação em Buenos Aires se recusaram nesta semana a vender o produto à companhia aérea estatal Cubana, citando preocupações com as sanções dos Estados Unidos sobre a ilha caribenha, o que causou cancelamentos imediatos de voos, informou na quarta-feira (24) a empresa com sede em Havana.
A Cubana de Aviación S.A, que opera voos dentro de Cuba e para vários destinos internacionais, afirmou que cancelou viagens nos dias 23 e 24 de abril, além de outros voos contratados por parceiras, o que forçou a empresa a remarcar as passagens ou reembolsar seus clientes.
“Essa decisão ocorre devido à recusa de fornecedoras de combustível de aviação da República da Argentina de realizar o serviço para a companhia aérea, alegando provisões do bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba”, afirmou a empresa.
O Ministério das Relações Exteriores da Argentina e o Gabinete da Presidência não responderam imediatamente a pedidos da Reuters para que comentassem o tema.
O embargo comercial dos EUA contra Cuba foi imposto após a revolução de 1959, liderada por Fidel Castro. As leis e os regramentos norte-americanos dificultam transações financeiras e a aquisição de bens e serviços por parte do governo cubano. Também aumentam os riscos para as empresas estrangeiras que fazem negócios com a ilha.
Apesar das sanções, os voos já antigos da Cubana entre Havana e Buenos Aires ocorreram sem grandes dificuldades durante o governo do ex-presidente esquerdista Alberto Fernández, que manteve proximidade com Cuba.
Mas o atual presidente, Javier Milei, um libertário de extrema-direita que assumiu o poder em 10 de dezembro, é pró-EUA e tem uma postura mais fria em relação a parcerias comerciais com governos esquerdistas, incluindo Brasil e China. Cuba tem se mantido calada sobre as relações desde a eleição de Milei.
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