Governos do Sul e Sudeste se integram em um bloco econômico, político e administrativo, o COSUD
O consórcio busca não apenas otimizar recursos e promover o desenvolvimento regional
Governadores do Sul e Sudeste formalizam o Cosud e criam Conselho de Administração
Os governadores dos estados do Sul e Sudeste assinaram, em Santa Catarina, a formalização do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) na última sexta-feira (22/11). Essa medida oficializa o consórcio, agora com CNPJ, estrutura administrativa, manual de identidade visual e conta bancária, permitindo maior autonomia financeira e organizacional.
O Cosud, que reúne Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, representa 70% do PIB brasileiro e 80% da arrecadação de impostos federais. A formalização possibilita maior agilidade no desenvolvimento de políticas públicas conjuntas para temas estratégicos, como segurança pública, saúde, meio ambiente e desenvolvimento econômico.
Criação do Conselho de Administração
Uma das principais novidades foi a criação do Conselho de Administração, com representantes de cada estado, responsáveis por áreas estratégicas. Minas Gerais, escolhido para liderar o Desenvolvimento Econômico, será representado pelo secretário-geral do Governo, Marcel Beghini, e pela secretária de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto. Ambos destacaram a importância de dinamizar as ações do Cosud, garantindo eficiência e resultados concretos.
Principais pautas discutidas
Durante o encontro, os governadores trataram de assuntos prioritários, como a reforma tributária, revisão das dívidas dos estados com a União e soluções para desastres ambientais. Além disso, assinaram um Termo de Cooperação Técnica com os Ministérios Públicos das regiões Sul e Sudeste, fortalecendo ações contra o crime organizado e a resposta a eventos climáticos extremos.
Impactos e perspectivas
O governador Romeu Zema enfatizou que o Cosud reforça uma agenda de cooperação que beneficia os estados participantes, destacando a união como instrumento para impulsionar empregos, renda e desenvolvimento econômico. A estruturação do consórcio também consolida os esforços das regiões para promover maior representatividade no cenário nacional e articular políticas públicas alinhadas às necessidades regionais.
O consórcio busca não apenas otimizar recursos e promover o desenvolvimento regional, mas também fortalecer a interlocução com o governo federal em temas de relevância nacional, como o Pacto Federativo e o saneamento básico.