Queijo MINAS tradicional de MINAS GERAIS pode se tornar Patrimônio da HUMANIDADE
A inclusão na lista da Unesco abrirá novas portas para o turismo rural
Candidatura do Queijo Minas Artesanal a Patrimônio Cultural da Humanidade será avaliada pela Unesco em dezembro
A candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal será avaliada no próximo dia 4 de dezembro durante a 19ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, a ser realizada em Assunção, no Paraguai. A decisão, aguardada para as 16h30 (horário de Brasília), representa um marco histórico para Minas Gerais e para o Brasil, consolidando o valor cultural e econômico desta tradição.
Sob o título oficial em inglês "Traditional Ways of Making Artisanal Minas Cheese in Minas Gerais", a candidatura será apresentada aos representantes internacionais da Unesco. Se aprovada, o reconhecimento posicionará o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, destacando-o como uma das mais importantes expressões da identidade mineira e brasileira.
Um símbolo cultural e econômico
Os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal refletem a herança cultural de dez regiões do estado, onde a produção segue técnicas tradicionais com uso de leite cru e processos de maturação que variam de 14 a 22 dias, influenciados pelas condições climáticas e microbiota local. Esses fatores proporcionam ao queijo sabores e texturas únicos, exaltados por especialistas e apreciadores.
O reconhecimento pela Unesco fortalecerá ainda mais a produção local, impulsionando o turismo de experiência em fazendas e comunidades, além de oferecer novas oportunidades econômicas aos produtores. Segundo José Ricardo Ozório, vice-presidente da Associação Mineira dos Produtores de Queijos Artesanais, o processo tradicional de fabricação mantém vivas as memórias e saberes familiares, sendo essencial para o desenvolvimento sustentável da região.
Apoio e mobilização
Desde 2022, o Governo de Minas Gerais, em parceria com o Governo Federal e entidades como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Emater-MG, tem promovido a candidatura em eventos nacionais e internacionais. Um dossiê oficial foi entregue à Unesco em março de 2023, marcando a formalização do pleito.
Para reforçar a etapa final, diversas ações de mobilização ocorreram recentemente, como a realização de encontros com produtores e o lançamento de uma marca promocional específica. O objetivo é demonstrar o impacto cultural, social e econômico dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal, consolidando-o como um ícone mundial.
Impacto no turismo e na economia
A inclusão na lista da Unesco abrirá novas portas para o turismo rural, atraindo visitantes interessados em conhecer o processo artesanal e vivenciar a cultura mineira. Além disso, contribuirá para a internacionalização do queijo e para a valorização dos pequenos produtores, fortalecendo a economia local e promovendo a sustentabilidade das comunidades.
A decisão será um marco para Minas Gerais e para o Brasil, celebrando uma das tradições mais autênticas e representativas da história e da gastronomia nacional.
Mais informações podem ser acompanhadas nos sites oficiais da Unesco e do Governo de Minas Gerais, que estarão divulgando o resultado e detalhes da candidatura.