Volta às aulas movimenta comércio mineiro em fevereiro

O início de ano é marcado pelo fim das férias escolares e pela volta às aulas e, com isso, surgem as listas de material escolar, em que os itens necessários para o ano inteiro são adquiridos de uma só vez, no começo do ano letivo. Dessa forma, o período de volta às aulas tem influência para o comércio que se assemelha às datas comemorativas. Embora o início do ano letivo marque a tradicional compra de materiais escolares, a pesquisa revela que muitos consumidores ainda estão adquirindo seus itens após o início das aulas. O estudo, realizado entre os dias 23 de janeiro e 07 de fevereiro de 2024, com aproximadamente 400 comerciantes entrevistados em todo o estado de Minas Gerais, traz insights valiosos sobre o comportamento de compra dos consumidores nesse período, desmistificando a ideia de que as compras se concentram apenas no início do ano.

Volta às aulas movimenta comércio mineiro em fevereiro












As vendas de materiais escolares devem registar um aumento no mês de fevereiro, sendo uma boa oportunidade para um complemento dos lucros e da visibilidade para os comerciantes que atuam com produtos desse segmento. É o que revela o levantamento “Volta às Aulas 2024 – Opinião do Comércio Varejista de Minas Gerais”, elaborado pelo Núcleo de Inteligência & Pesquisa da Fecomércio MG. De acordo com o estudo, a maioria das empresas que realizam a comercialização de itens escolares esperam maior movimento de clientes no início desse mês (48,1%).

Para 21,5% dos comerciantes entrevistados, as vendas para volta às aulas, em relação ao ano passado estão sendo melhores. Os principais motivos para este resultado é o aquecimento do comércio (49,4%), seguido de ações da loja (30,1%) e otimismo/esperança (14,5%).

 Apesar das boas expectativas traçadas por esta parcela dos empresários, 24,4% dos entrevistados esperam vendas piores este ano. Entre os motivos citados, o principal são os valores altos dos produtos (30,9%), seguido do endividamento do consumidor (22,3%) e a cautela do consumidor (20,2%).

 A economista da Fecomércio MG, Gabriela Martins, destaca que o maior movimento dos consumidores em fevereiro pode estar atrelado ao período de férias, caracterizado pelas viagens familiares. Além disso, o orçamento familiar fica comprometido com o pagamento dos impostos devidos em janeiro, fazendo com que alguns gastos sejam adiados para o segundo mês do ano.

 “Com o alto endividamento notado entre as famílias, muitos consumidores acabam optando pelo uso do crédito para suprir suas demandas. Com o período caracterizado pela volta às aulas, este processo não é diferente. O uso do cartão de crédito parcelado, por exemplo, permite realizar compras sem comprometer grande parte dos rendimentos mensais. Apesar disso, é essencial que as famílias possuam um bom planejamento financeiro para que as dívidas não saiam do controle”, explica Gabriela.

 Tendo em vista o perfil das contas, os empresários utilizam de diferentes meios para atrair os clientes no período, sendo o principal as promoções e/ou liquidações (46,0%). Além disso, os comerciantes também investiram em propaganda/divulgação (27,4%) e atendimento diferenciado (15,54%). Para atender melhor o aumento da demanda, 22,5% dos empresários pretendem contratar funcionários temporários.

 Para 55,4% das empresas, o gasto médio com as compras de materiais escolares variou de R$ 100,00 a R$ 300,00. O principal meio de pagamento utilizado no período pelas famílias foi o cartão de crédito, modalidade que se destacou em 72,3% das empresas.

 Sobre a Fecomércio MG

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais integra o Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac em Minas e Sindicatos Empresariais que tem como presidente o empresário Nadim Donato. A Fecomércio MG é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 740 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, a Fecomércio MG atua junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.

Há 85 anos fortalecendo e defendendo o setor, beneficiando e transformando a vida dos cidadãos.

 Por Wagner Fernando Liberato - FECOMÉRCIO / Sindijori